A máxima “vou comer o que quiser, depois queimo na academia” é comum — e perigosa. A ideia de que o exercício físico pode “pagar” pelos exageros alimentares é um mito que já caiu por terra entre médicos e nutricionistas. A ciência mostra: movimentar o corpo é essencial, mas não tem poder para neutralizar os impactos de uma dieta desequilibrada.
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Se fosse simples assim, bastaria correr uma hora após cada fast-food e tudo estaria resolvido. O corpo, porém, não funciona nessa lógica matemática. A alimentação influencia processos metabólicos, hormonais e inflamatórios que o exercício, por si só, não consegue regular sozinho.
Além disso, o gasto calórico durante o treino costuma ser superestimado. Uma sessão intensa de musculação ou corrida pode queimar entre 300 e 600 calorias. Um hambúrguer com batata e refrigerante ultrapassa facilmente esse valor — sem contar o efeito cumulativo do açúcar e das gorduras trans no organismo.
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A longo prazo, o desequilíbrio entre dieta e treino pode levar a frustrações. Muitos praticam atividade física com disciplina, mas não percebem resultados porque continuam cometendo excessos na alimentação. A boa forma é construída majoritariamente na cozinha. O exercício é importante, mas não é o ator principal nesse processo.
O recado é claro: alimentação e exercício devem caminhar juntos. Cuidar do corpo não é só uma questão estética, mas uma escolha diária de saúde e coerência. Afinal, não se pode correr o suficiente para fugir de uma má alimentação.
(*) Juliana Andrade é nutricionista formada pela UnB e pós-graduada em Nutrição Clínica Funcional. Escreve sobre alimentação, saúde e estilo de vida