A escolha do travesseiro é algo muito pessoal. Há quem prefira os baixos, os altos, os mais macios ou até mesmo com tecnologia de ponta. E depois de escolhido, ele se torna o melhor amigo na hora do sono. Mas o mocinho pode, facilmente, se tornar o vilão! Se apegar demais ao travesseiro pode estar te deixando doente pela falta de troca.


De acordo com a médica Dra. Camilla Pereira, alergologista e imunologista do Eco Medical Center, a falta de troca periódica do travesseiro pode impactar negativamente a saúde, devido ao acúmulo de ácaros, fungos, bactérias, suor, pele morta e até resíduos de produtos capilares – que acabam alimentando os ácaros: “Essa combinação pode desencadear ou piorar quadros alérgicos e respiratórios, como rinite alérgica, sinusite, asma e dermatites”, explica a médica.
Como o seu travesseiro pode piorar quadros respiratórios
A médica detalha que o travesseiro e o colchão podem ser ambientes muito propícios para a proliferação de microrganismos que podem causar ou agravar doenças, principalmente respiratórias.
“Os ácaros se alimentam de células mortas da pele e se proliferam em ambientes quentes e úmidos — exatamente o que o travesseiro (e colchão) oferece com o uso diário. A exposição constante a esses alérgenos durante o sono favorece inflamações das vias aéreas superiores e crises alérgicas, sobretudo em pessoas sensíveis. Além disso, fungos presentes em travesseiros antigos podem agravar quadros respiratórios e cutâneos”, diz Camilla.
Qual o período ideal para trocar os travesseiros?
A Dra. Camilla conta que a orientação é trocar o travesseiro a cada 1 ou 2 anos, dependendo do material da peça. “Travesseiros de plumas ou látex, por exemplo, podem durar mais tempo, enquanto os de espuma convencional se degradam mais rápido”, conta.
Porém, é preciso ter atenção: em casos de doenças respiratórias que podem ser contagiosas, por exemplo, a orientação muda. “Após doenças infecciosas como gripe, COVID-19 ou outras viroses, o ideal é higienizar a fronha imediatamente e, se possível, lavar o travesseiro ou substituí-lo, principalmente se houve sudorese noturna ou secreções respiratórias em contato com ele”, alerta a alergista.


Época do ano pode agravar doenças
Além disso, segundo a médica imunologista, as estações do ano também podem influenciar no aumento de casos de doenças respiratórias.
“Durante o outono e o inverno, há um aumento na incidência de doenças respiratórias como rinite alérgica, sinusite, asma, gripes, resfriados e infecções virais, como a própria COVID-19 e H1N1 (tivemos aumento nos casos recentemente). Isso ocorre por diversos fatores: ambientes mais fechados e com menor ventilação, maior proliferação de ácaros e fungos devido à umidade, além das mudanças bruscas de temperatura, que afetam a mucosa respiratória”.
À pedido do portal RIC.com.br, a médica Dra. Camilla Pereira, alergologista e imunologista do Eco Medical Center também deixou dicas de cuidados em casa que podem melhorar a saúde.


Dicas para melhorar a saúde respiratória com cuidados da casa
- Troque os travesseiros no intervalo recomendado e utilize capas antiácaro.
- Lave roupas de cama semanalmente com água quente.
- Evite carpetes, cortinas pesadas e bichos de pelúcia no quarto.
- Mantenha os ambientes ventilados e, se necessário, use desumidificadores.
- Faça uma boa limpeza dos filtros do ar-condicionado.
- Utilize panos úmidos para a limpeza da casa, evitando levantar poeira.
- Evite o uso de aromatizantes e produtos com cheiro forte, que podem irritar as vias aéreas.
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