A jovem argentina que morreu e teve o corpo preso ao carro por quase 3 km foi identificada como Viviana Beatriz Villalba, de 22 anos. O atropelamento fatal ocorreu no domingo (8/5) na RS-344, entre os municípios de Santo Ângelo e Giruá, na Região Noroeste do Rio Grande do Sul.
Villalba, que é natural de Dos de Mayo, na província de Misiones, na Argentina, estava no estado gaúcho havia apenas duas semanas e trabalhava em uma casa noturna, na rua Guarani, às margens da rodovia onde ocorreu a tragédia, conforme informações das autoridades.
O corpo de Viviana foi reconhecido por familiares vindos da terra natal e, no dia do incidente, ela completava 22 anos, segundo a Polícia Civil do Rio Grande do Sul (PCRS). Além disso, deixou uma filha de somente quatro anos.
Tragédia fatal
De acordo com as investigações, por volta das 3h40 na rodovia, a mulher foi atropelada pelo motorista enquanto ele trafegava próximo ao acesso a Giruá. O corpo de Villalba ficou preso sobre o veículo até o condutor chegar em casa, e os exames da perícia apontam que o impacto provocou morte instantânea.
Em relato aos policiais, o motorista do veículo disse que acreditou ter atingido um animal, mas, por conta do horário e da neblina, ficou com insegurança e decidiu não permanecer no local.
Já próximo de casa, a cerca de três quilômetros da localidade onde ocorreu o incidente, a passageira que o acompanhava notou uma perna pendurada sobre o vidro traseiro do veículo. Além disso, uma câmera de segurança registrou o atropelamento e capturou as três vezes em que o condutor percorreu pela mesma rua já com o corpo da vítima no teto.
A investigação apontou que os ferimentos no corpo da vítima são compatíveis tanto com o impacto inicial do atropelamento quanto com a projeção sobre o carro. Também foram localizados sinais de frenagem na pista.
Motorista se apresentou à polícia
O motorista, que não teve a identidade revelada pelas autoridades, acionou a Brigada Militar (BM) no dia do atropelamento e, em seguida, se apresentou a uma Delegacia de Polícia (DP). Ele se recusou a realizar o teste do etilômetro.
Conforme a delegada responsável pelo caso, Elaine Maria da Silva, um inquérito foi instaurado para determinar o que de fato aconteceu.
Ainda está em apuração o motivo de a mulher estar na rodovia naquele horário e o caso foi, inicialmente, registrado como homicídio culposo. Neste momento, policiais buscam e recuperam imagens de câmeras de videomonitoramento, além de depoimentos.