O Brasil teve o primeiro caso de varíola dos macacos confirmado nesta quarta-feira (8). A informação foi divulgada pela Prefeitura de São Paulo, onde a confirmação foi registrada.
De acordo com os dados, o paciente é um homem de 41 anos, que mora na cidade e tinha viajado para Espanha recentemente. Ele está em isolamento no Hospital Emílio Ribas, na Zona Oeste da capital.
Em nota, a secretaria estadual da Saúde disse que “as amostras do caso ainda estão em análise pelo Instituto Adolfo Lutz” e que o paciente “teve início dos sintomas, como febre e mialgia [dor muscular], no dia 28 de maio”.
Além deste caso, a Prefeitura de São Paulo também monitora o estado de saúde de uma mulher de 26 anos, que está internada com suspeita da doença.
Segundo o prefeito Ricardo Nunes (MDB), a mulher passa bem. Familiares e pessoas que moram perto também são acompanhados pela gestão municipal.
Em nota divulgada nesta quarta (8), o Ministério da Saúde informou que oito casos estão em investigação em todo o país.
Segundo a pasta, os estados do Ceará, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e São Paulo têm um caso suspeito cada um, e há ainda dois casos em monitoramento em Rondônia e outros dois em Santa Catarina.
Mundo
Até o fim de maio, a Organização Mundial da Saúde (OMS) havia registrado mais de 300 casos confirmados ou suspeitos da varíola do macaco em 23 países onde o vírus não é endêmico. Não houve mortes relatadas.
A OMS disse que a varíola do macaco traz um “risco moderado” para a saúde pública mundial depois que casos foram relatados em países onde a doença não é endêmica.
“O risco para a saúde pública pode se tornar alto se esse vírus se estabelecer como um patógeno humano e se espalhar para grupos mais propensos a risco de doenças graves, como crianças pequenas e pessoas imunossuprimidas”, disse a OMS.
A organização diz que não há recomendação de uso de vacina da varíola para casos de varíola do macaco.