Não é segredo que os sintomas da gripe tendem a piorar à noite ou na hora de dormir. Mas será que o horário realmente influencia na tosse e no aumento do congestionamento nasal? A infectologista Camila Ahrens, que atua no Hospital São Marcelino Champagnat, explica que diversos fatores podem interferir nesse quadro; confira as causas e dicas para aliviar os sintomas.


Com as mudanças constantes de temperatura e frentes frias, cachecóis, luvas, casacos e lenços de papel surgem na rotina dos brasileiros. Em todos os cenários, porém, as crises de tosse pioram habitualmente à noite, interferindo no descanso e até intensificando dores no corpo do paciente.
Conforme a infectologista Camila, isso ocorre devido ao chamado “ritmo circadiano”, fator biológico do corpo que influencia também o sistema imunológico. Ao entardecer, a resposta inflamatória tende a ser elevada, acarretando a piora das tosses, congestionamento e febre.
Entenda porque a gripe piora à noite
Com atividades sendo reduzidas à medida que a noite se aproxima, o sistema imunológico entra em ação com maior intensidade, ocasionando o aumenta da inflamação local, como na garganta e vias respiratórias.
“Além disso, quando a pessoa deita, a posição favorece o acúmulo de secreções nas vias aéreas, o que piora a tosse e a congestão. É um efeito natural, mas que costuma incomodar bastante”, acrescenta Camila Ahrens.
Mudanças nas temperaturas também afetam?
Mesmo não sendo o fator causal da gripe, as quedas bruscas de temperatura favorecem a propagação dos sintomas. Especialista em infecções, Camila comenta que o ar frio e seco resseca as mucosas do nariz e da garganta, que é a primeira linha de defesa do corpo, e que com essas áreas fragilizadas, a instalação e multiplicação dos vírus respiratórios são facilitadas, reforçando os sintomas.
Cuidados para aliviar a gripe
Com febre persistente, falta de ar e tosses constantes, é fundamental que o paciente não se automedique, além de ser essencial buscar ajuda médica; veja cuidados básicos.
- Descanso;
- Hidratação;
- Alimentação.
A infectologista conclui que além do autocuidado é preciso ficar atento para não espalhar o vírus. O ideal é evitar aglomerações, utilizar máscara, cobrir a boca ao tossir e lavar bem as mãos.
*Com supervisão de Guilherme Becker
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