O secretário de Reformas Econômicas, Marcos Barbosa Pinto, classificou o programa como “maior marketplace de crédito para pessoa física no mundo”
O secretário de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda, Marcos Barbosa Pinto, disse na 4ª feira (23.abr.2025) que o programa Crédito do Trabalhador atingiu R$ 8 bilhões em empréstimos concedidos no 1º mês de funcionamento. A declaração foi dada durante painel no evento CNN Talks, em Brasília.
O programa foi lançado em 21 de março e é voltado a trabalhadores com carteira assinada.
“A gente está chegando a R$ 8 bilhões em empréstimos concedidos no período de funcionamento do programa de cerca de 1 mês. As taxas de juros são a metade na média das taxas cobradas no empréstimo sem garantia no país. A gente está tendo uma competição enorme entre as instituições financeiras dentro do aplicativo. A gente criou o maior marketplace de crédito para pessoa física no mundo. É inédito.”
Atualmente, as ofertas estão disponíveis só na ferramenta do governo. A expectativa é que as instituições financeiras disponibilizem so financiamentos a partir de 6ª feira (25.abr).
Em outro painel do evento, o ministro Fernando Haddad disse que a qualidade do programa Crédito ao Trabalhador vai melhorar quando os bancos começarem a oferecer os empréstimos nas suas próprias plataformas.
“Acredito que, a partir do dia 25, as coisas vão mudar. Porque fixamos uma data em que o crédito só poderia ser tomado na plataforma do governo. Agora, nesta semana, entra em operação a plataforma dos próprios bancos”, declarou Haddad durante o evento CNN Talks, em Brasília.
TAXAS MAIORES
Como mostrou o Poder360, as taxas cobradas aos trabalhadores são maiores que aquelas já praticadas pelo mercado. Simulações mostram uma cobrança com variações de 2,8% até 5,97%. Usuários das redes sociais já reclamaram das taxas.
Dados de fevereiro do BC (Banco Central) mostram que a taxa média das operações de crédito consignado do setor foi de 2,91% ao mês. O juro médio não supera 3% ao mês desde novembro de 2022.
A avaliação interna do governo é de que é necessário esperar mais bancos aderirem ao programa para aumentar a competitividade e promover uma redução (mesmo que não tão expressiva) nos juros.