A terceira pessoa com a doença de Creutzfeldt-Jakob, causada pela infecção Encefalopatia Espongiforme Transmissível Humana na Bahia, morreu nesta terça-feira (11). Ela estava internada no Hospital Municipal de Salvador.
De acordo com a Secretaria de Saúde do Estado (Sesab), um paciente com a doença continua internado e outro caso é investigado pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS). A Sesab não informou as datas dos óbitos dos dois primeiros pacientes. Ao contrário do que muitos pensavam, os casos não têm relação com o consumo de carne contaminada pela Encefalite Espongiforme Bovina – popularmente conhecida como “vaca louca”.
No entanto, uma das variantes da doença de Creutzfeldt-Jakob é causada pelo consumo de carne contaminada pela “vaca louca”. A doença, que é degenerativa, porém, não tem uma causa definida. Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 90% dos indivíduos infectados morrem em até um ano. Todos os pacientes contaminados com a doença de Creutzfeldt-Jakob na Bahia são residentes de Salvador. A Sesab não detalhou se eles consumiram carne contaminada.
Três casos de doença de Creutzfeldt-Jakob foram confirmados entre Salvador, Simões Filho e Serrolândia, no último ano. Dois deles morreram e o terceiro segue sob monitoramento.
Segundo o Ministério da Saúde, ainda é desconhecida a forma exata de transmissão da doença de Creutzfeldt-Jakob. Não há evidências de que a doença pode ser transmitida pelo ar ou pelo contato social e casual, como uso de mesma roupa, mesmos copos e utensílios de cozinha ou contato íntimo – abraço, beijos, relações sexuais e outros. Também não há casos relatados de exposição por meio de superfícies, como pisos, paredes ou bancadas.
A doença de Creutzfeldt-Jakob tem uma rápida evolução. A moléstia que que pode levar à morte do paciente, se caracteriza pelos seguintes sintomas: desordem cerebral com perda de memória, tremores, falta de coordenação de movimentos musculares, distúrbios de linguagem, perda da capacidade de comunicação e perda visual.
A Creutzfeldt-Jakob é diagnosticada a partir de exames de sangue e também por meio de exame neuropatológico de fragmentos do cérebro. A principal forma de tratamento são drogas antivirais e corticóides. Segundo o Ministério da Saúde, aproximadamente 90% dos indivíduos infectados pela doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ) morrem dentro de um ano. Ainda não há maneira efetiva de alterar a evolução da doença.