Ações dos EUA, provável encolhimento de Musk do Doge e a subida dos ativos brasileiros estão entre os temas
Os principais índices futuros das ações nos Estados Unidos operam em subida nesta 4ª feira (23.abr.2025), em meio ao consolação dos mercados com declarações do presidente Donald Trump (Republicanos) indicando que não pretende substituir o presidente do Fed (Federalista Reserve, Banco Mediano dos EUA), Jerome Powell. Comentários sobre uma provável redução nas tarifas impostas à China também animaram os investidores.
Ao mesmo tempo, o CEO da Tesla (NASDAQ:TSLA), Elon Musk, sinalizou que deve reduzir seu envolvimento com o governo, em meio à queda nas vendas da montadora. Os ativos brasileiros acompanham a melhora do gosto por risco global, depois de projeções de inflação mais baixa e posicionamento firme do banco meão.
Ações dos EUA
Os índices futuros norte-americanos avançavam na manhã desta 4ª feira (23.abr), com investidores reagindo positivamente à fala de Trump descartando a intenção de destituir Powell.
Às 07h45 de Brasília, o contrato porvir mais líquido do Dow Jones subia 722 pontos (+1,84%), o do S&P 500 ganhava 123 pontos (+2,35%) e o do Nasdaq 100 avançava 498 pontos (+2,73%).
Na 3ª feira (22.abr), os principais índices em Novidade York encerraram o pregão com ganhos supra de 2,5%, impulsionados pela percepção de que a postura da Morada Branca nas negociações comerciais com a China pode estar se tornando menos agressiva.
Trump afirmou a jornalistas que as tarifas impostas à China serão reduzidas depois de um eventual consonância, embora tenha ressaltado que não devem ser eliminadas completamente. O secretário do Tesouro, Scott Bessent, disse que as conversas com Pequim serão desafiadoras, mas acredita ser provável reduzir as tensões. Para o ING, as declarações de Bessent podem ajudar a estabilizar o dólar, que vinha pressionado.
No radar corporativo, investidores acompanham uma novidade rodada de balanços, com destaque para as primeiras divulgações do grupo das “7 Magníficas”, formado por empresas de tecnologia de altíssimo valor de mercado.
Apesar da recuperação de 3ª feira (22.abr), o S&P 500 continua quase 14% inferior da máxima histórica registrada em 19 de fevereiro, refletindo o impacto das últimas semanas de instabilidade provocadas pela política tarifária errática de Trump.
Trump recuou nas críticas mais duras contra Powell, afirmando na 3ª feira (22.abr) que “não pretende” destituir o presidente do Fed.
Antes do feriado de Páscoa, o mercado temia que Trump estivesse preparando terreno para distanciar Powell, sob o argumento de que o Fed estaria sendo lento demais nos cortes de juros. Declarações de um assessor de elevado escalão da Morada Branca, que sugeriu que o encolhimento de Powell estava sendo medido, intensificaram o nervosismo.
Trump, no entanto, tentou acalmar os ânimos, afirmando que gostaria somente que Powell fosse “um pouco mais proativo” na resguardo de cortes de juros.
A sinalização foi muito recebida em Wall Street, com papéis porquê Amazon (NASDAQ:AMZN), Nvidia (NASDAQ:NVDA) e Apple (NASDAQ:AAPL) subindo no after market.
Apesar disso, permanece a cautela quanto à volatilidade das decisões políticas no início do 2º procuração de Trump. Na mesma 3ª feira (22.abr), o FMI (Fundo Monetário Internacional) cortou suas projeções de incremento para EUA, China e diversas economias, citando incertezas geradas pelas tarifas norte-americanas.
Elon Musk
O CEO da Tesla, Elon Musk, afirmou que planeja reduzir seu envolvimento com o governo Trump a partir do próximo mês, para se concentrar mais na gestão de suas empresas.
Musk é uma das figuras centrais do chamado Doge (Departamento de Eficiência Governamental), projeto liderado pela Morada Branca para enxugar a máquina pública. Sua atuação política, porém, tem gerado desgaste, inclusive com protestos e atos de vandalismo nas lojas da Tesla, e pressionado as vendas da montadora.
Diante desse cenário, Musk disse em teleconferência com analistas que “a maior secção do trabalho pesado para estruturar o DOGE e colaborar com o governo nas finanças públicas já foi concluída”.
As ações da Tesla dispararam no after market depois dos comentários, impulsionadas por um lucro supra das expectativas mínimas no negócio principal de automóveis no primeiro trimestre.
Tecnologia
Os resultados trimestrais de diversas empresas de tecnologia estão no meio das atenções nesta 4ª feira (23.abr). Investidores buscam sinais tanto sobre os impactos das tarifas quanto sobre o curso dos investimentos em IA (Lucidez Sintético).
Antes da exórdio dos mercados, devem publicar seus números a Amphenol, TE Connectivity e Vertiv (NYSE:VRT). Depois do fechamento, os holofotes se voltam para IBM (NYSE:IBM), ServiceNow e Texas Instruments.
Também está prevista para esta 4ª feira (23.abr) a divulgação do Livro Bege do Fed, relatório que reúne impressões sobre a economia nas semanas que antecedem a próxima reunião de política monetária da domínio monetária.
Na última reunião, em março, o Fed manteve os juros entre 4,25% e 4,50%, diante dos riscos inflacionários e da resiliência da economia, mesmo com as incertezas ligadas às tarifas de Trump.
Bitcoin
O bitcoin subiu mais de 5%, renovando máxima de 7 semanas, impulsionado pela trégua entre Trump e Powell e pela sinalização de redução nas tarifas à China.
Já o ouro recuava depois de tocar recordes históricos nos dias anteriores, com o fortalecimento do dólar ofuscando a demanda por metais preciosos. Um dólar mais possante tende a encarecer o ouro para investidores de fora dos EUA.
No mercado de petróleo, os preços continuavam em subida, ampliando os ganhos da véspera depois de novas sanções americanas contra o Irã em meio às negociações nucleares. Os 2 principais contratos do petróleo fecharam o pregão de 3ª feira (22.abr) com valorização próxima de 2%.
Ativos brasileiros
Em dia de agenda esvaziada, os investidores acompanham o desempenho dos ativos brasileiros na esteira da melhora do clima em Wall Street.
O sentimento extrínseco mais favorável e a leitura de que o real pode se beneficiar da novidade dinâmica global colocam os ativos brasileiros em destaque, mesmo em um contexto ainda marcado por incertezas geopolíticas.
No pregão de 3ª feira (22.abr) o Ibovespa subiu 0,63%, voltando a superar os 130 milénio pontos, depois de sinalizações mais moderadas do presidente Trump sobre o Fed e a guerra mercantil com a China, contribuiu para uma possante recuperação das bolsas em Novidade York. Esse movimento extrínseco auxiliou os ativos locais a voltarem do feriado prolongado com viés de subida, em um envolvente mais receptivo para moedas e bolsas emergentes.
Do lado macroeconômico, o mercado também reagiu à divulgação do boletim Focus, que mostrou recuo na projeção de inflação para 2025, de 5,65% para 5,57%. A expectativa de inflação mais benigna ajudou a tranquilizar a pressão sobre a secção curta da curva de juros, diante do oração mais conservador do presidente do banco meão, Gabriel Galípolo, no Senado. Galípolo reafirmou a premência de uma política monetária restritiva, mas indicou que o BC começa a estimar se o patamar atual da Selic já é suficientemente contracionista. Ao mesmo tempo, o dólar caiu 1,30%, para R$ 5,7284, refletindo a valorização das commodities e o esgotamento global da moeda americana.
Entre os destaques setoriais, as ações de exportadoras —porquê Vale (BVMF:VALE3), JBS (BVMF:JBSS3) e BRF (BVMF:BRFS3) — se beneficiaram do progresso das commodities e de uma percepção de que o Brasil pode lucrar espaço no negócio internacional, em meio à escalada tarifária entre EUA e China. No setor financeiro, bancos porquê Itaú e Banco do Brasil (BVMF:BBAS3) também contribuíram para sustentar o índice.
Com informações da Investing Brasil.