A Justiça Federal determina o bloqueio de R$ 2,8 bilhões em bens de entidades, empresas e pessoas físicas suspeitas de participação em um esquema de descontos ilegais nos benefícios de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A medida atende a pedidos da Advocacia-Geral da União (AGU), que move 15 ações com o objetivo de garantir o ressarcimento às vítimas.
De acordo com a AGU, os bloqueios atingem 12 entidades associativas e seus dirigentes, seis empresas de consultoria, dois escritórios de advocacia e três outras empresas envolvidas no caso. As ações fazem parte dos esforços do grupo especial.
As fraudes são investigadas pela Operação Sem Desconto, da Polícia Federal, que apura um esquema nacional de cobrança de mensalidades associativas não autorizadas diretamente nos benefícios pagos pelo INSS, prática que teria ocorrido entre os anos de 2019 e 2024. Segundo a AGU, o trabalho do grupo especial vem ampliando a responsabilização dos envolvidos e busca garantir que aposentados e pensionistas lesados tenham seus recursos de volta.