A Justiça extinguiu, nesta quarta-feira (23), o processo movido pela Irmandade do Senhor do Bonfim contra o padre Edson Menezes, pároco da Basílica do Bonfim, em Salvador. A ação pedia mudanças administrativas no templo, incluindo a assinatura da Carteira de Trabalho do sacerdote.
Com a decisão, os 14 membros da Irmandade que entraram com o processo perderam a justificação e foram condenados a remunerar R$ 30 milénio em honorários advocatícios. O padre seguirá no missão sem vínculo empregatício formalizado.
A disputa se intensificou em 2023, quando o padre chegou a invocar o juiz da Irmandade, Jorge Nunes Contreiras, de “tirano”. A organização também solicitava o controle das arrecadações das missas de sexta-feira e dos cofres laterais da igreja. No processo, alegava ser proprietária de todo o patrimônio da Basílica, conforme regimento sancionado pela Arquidiocese.
A Irmandade afirmou que as coletas, que segundo ela geravam muro de R$ 50 milénio mensais, vinham sendo recebidas sem prestação de contas. Para substanciar sua argumentação, anexou uma enunciação do próprio padre Edson, feita em 2019, reconhecendo a Devoção uma vez que mantenedora legítimo do templo e de seu montão religioso.
Na quadra em que a disputa teve início, o padre afirmou que a situação era acompanhada pelo padre de Salvador, Dom Sérgio da Rocha. Ele também se posicionou contra a assinatura de carteira, afirmando que padres não têm vínculo celetista e recebem uma côngrua determinada pela Arquidiocese.
Até o momento, padre Edson, a Irmandade e a Arquidiocese ainda não se pronunciaram sobre o desfecho do processo.