Cerca de 30 hoteleiros da Bahia, membros da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH), em conjunto com outras 250 entidades do ramo de turismo nacional se mobilizaram em Brasília, nesta terça-feira (6) e quarta-feira (7), para defender o setor na Reforma Tributária.
Atualmente, esse assunto é destaque no Senado Federal e representantes se posicionam contra o aumento expressivo da carga tributária. Isso porque, o texto-base aprovado na Câmara estima alíquota em até 28% de IBS e CBS para a hotelaria e outros segmentos do turismo.
Assim, o setor turístico nacional tende a perder potencial na geração de créditos compensatórios. Portanto, os hoteleiros e membros da ABIH participaram de diálogo direto com senadores e assessores parlamentares, em função do debate sobre os possíveis impactos no setor.
Entre os principais fatores negativos do aumento da carga tributária, estão tópicos como a perda de competitividade e menor capacidade de geração de empregos. Além disso, há a redução do fluxo turístico, algo que pode ter influencia negativa em outros setores estruturais.
Setor estratégico
Em declaração, o presidente da ABIH na Bahia, Wilson Spagnol, se disse confiante com a mobilização em Brasília. A sua justificativa é de que o Congresso Nacional atua em parceria com o turismo nacional e entende que este ramo é um setor estratégico para o Brasil.
“Os congressistas baianos, os 39 deputados federais e os nossos três senadores, Otto Alencar, Ângelo Coronel e Jacques Wagner, já demonstraram em oportunidades anteriores, em relação direta com a hotelaria, que entendem esse sentimento e sempre nos apoiaram, como no momento da vitória do PERSE – Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos. Portanto, a Bahia caminhará unida e a favor do Turismo e do bem-estar da sociedade como um todo, não tenho dúvidas disso”, afirmou.
Do mesmo modo, o presidente da entidade pontuou que as redes de hotelaria fornecem um setor prioritário, algo que, por consequência, traz benefício para a sociedade e aumenta o fator econômico da região.
“São muitas funções em um hotel, como serviços gerais, recepcionistas, camareiras, garçonetes, entre outras. Portanto, geramos de 6 a 7 vezes mais empregos para a sociedade. Considerando o efeito multiplicador desta renda, que vai para a comunidade local e gera novos empregos, chega até 8 a 9 vezes mais empregos localmente, do que um setor de capital intensivo de grandes corporações, como por exemplo o setor financeiro. Consequentemente, o setor hoteleiro também aufere menor rentabilidade”, destacou.
Nesse sentido, a aprovação do texto da Reforma na Câmara pode representar um aumento significativo na carga tributária dos hoteleiros e em outros segmentos turísticos do Brasil. Dessa forma, o posicionamento dos representantes é de que a medida pode influenciar negativamente a sociedade em um contexto geral.