Fruta brasileira rica em magnésio ajuda a controlar o açúcar no sangue

As frutas com baixo índice glicêmico são as mais indicadas para as pessoas que precisam controlar a diabetes. O consumo moderado de caju, por exemplo, pode contribuir para a regulação dos níveis de açúcar no sangue, especialmente quando inserido em um padrão alimentar equilibrado.

Estudos sugerem que tanto a polpa do caju quanto a castanha possuem compostos bioativos, como fibras, antioxidantes e gorduras saudáveis, que colaboram para a melhora da sensibilidade à insulina e para o controle da resposta glicêmica pós-refeição.

A nutricionista e farmacêutica Verônica Dias, do Instituto Nutrindo ideais, de Niterói, explica que a fruta é rica em fibras solúveis, que retardam a absorção de glicose no intestino, promovendo um pico glicêmico mais suave.

Além disso, o caju contém polifenóis e vitamina C, que exercem efeito antioxidante e anti-inflamatório, o que pode proteger as células beta-pancreáticas e melhorar a sinalização da insulina. “O seu baixo índice glicêmico (quando consumido in natura, sem adição de açúcares) também favorece o controle da glicose”, conta Verônica.

Como o caju contribui para o controle da diabetes

Baixo índice glicêmico
O índice glicêmico do caju é relativamente baixo, o que significa que ele libera açúcar de forma gradual na corrente sanguínea. Segundo o nutricionista Lucas Moraro, que atende na clínica Moraro Health, no Rio de janeiro, essa característica ajuda a evitar picos rápidos nos níveis de glicose, o que é benéfico para o controle da diabetes.

Rico em fibras
A maior concentração de fibras está na casca e na polpa. Elas ajudam a retardar a digestão e a absorção de carboidratos, auxiliando no controle dos níveis de glicose. Além disso, as fibras promovem a sensação de saciedade, ajudando a controlar o apetite e a ingestão de alimentos.

Frutas ricas em vitamina C perdem suas propriedades quando estão em baixas temperaturas

Fonte de antioxidantes
O caju é rico em antioxidantes, como vitamina C e flavonoides, compostos que ajudam a reduzir o estresse oxidativo, relacionado à resistência à insulina e ao desenvolvimento de complicações associadas ao diabetes.

Presença de magnésio
O magnésio é um mineral essencial para a função metabólica, agindo na regulação da insulina e na melhoria da resposta do corpo ao hormônio, ajudando a controlar os níveis de glicose no sangue.

Gorduras saudáveis
Os cajus contêm ácidos graxos insaturados, que são gorduras saudáveis. O consumo deles pode melhorar a saúde metabólica e a sensibilidade à insulina, ajudando na regulação do açúcar no sangue, segundo Moraro.

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A diabetes é uma doença que tem como principal característica o aumento dos níveis de açúcar no sangue. Grave e, durante boa parte do tempo, silenciosa, ela pode afetar vários órgãos do corpo, tais como: olhos, rins, nervos e coração, quando não tratada

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A diabetes surge devido ao aumento da glicose no sangue, que é chamado de hiperglicemia. Isso ocorre como consequência de defeitos na secreção ou na ação do hormônio insulina, que é produzido no pâncreas

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A função principal da insulina é promover a entrada de glicose nas células, de forma que elas aproveitem o açúcar para as atividades celulares. A falta da insulina ou um defeito na sua ação ocasiona o acúmulo de glicose no sangue, que em circulação no organismo vai danificando os outros órgãos do corpo

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Uma das principais causas da doença é a má alimentação. Dietas ruins baseadas em alimentos industrializados e açucarados, por exemplo, podem desencadear diabetes. Além disso, a falta de exercícios físicos também contribui para o mal

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A diabetes pode ser dividida em três principais tipos. A tipo 1, em que o pâncreas para de produzir insulina, é a tipagem menos comum e surge desde o nascimento. Os portadores do tipo 1 necessitam de injeções diárias de insulina para manter a glicose no sangue em valores normais

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Já a diabetes tipo 2 é considerada a mais comum da doença. Ocorre quando o paciente desenvolve resistência à insulina ou produz quantidade insuficiente do hormônio. O tratamento inclui atividades físicas regulares e controle da dieta

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A diabetes gestacional acomete grávidas que, em geral, apresentam histórico familiar da doença. A resistência à insulina ocorre especialmente a partir do segundo trimestre e pode causar complicações para o bebê, como má formação, prematuridade, problemas respiratórios, entre outros

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Além dessas, existem ainda outras formas de desenvolver a doença, apesar de raras. Algumas delas são: devido a doenças no pâncreas, defeito genético, por doenças endócrinas ou por uso de medicamento

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É comum também a utilização do termo pré-diabetes, que indica o aumento considerável de açúcar no sangue, mas não o suficiente para diagnosticar a doença

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Os sintomas da diabetes podem variar dependendo do tipo. No entanto, de forma geral, são: sede intensa, urina em excesso e coceira no corpo. Histórico familiar e obesidade são fatores de risco

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Alguns outros sinais também podem indicar a presença da doença, como saliências ósseas nos pés e insensibilidade na região, visão embaçada, presença frequente de micoses e infecções

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O diagnóstico é feito após exames de rotina, como o teste de glicemia em jejum, que mede a quantidade de glicose no sangue. Os valores de referência são: inferior a 99 mg/dL (normal), entre 100 a 125 mg/dL (pré-diabetes), acima de 126 mg/dL (Diabetes)

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Qualquer que seja o tipo da doença, o principal tratamento é controlar os níveis de glicose. Manter uma alimentação saudável e a prática regular de exercícios ajudam a manter o peso saudável e os índices glicêmicos e de colesterol sob controle

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Quando a diabetes não é tratada devidamente, os níveis de açúcar no sangue podem ficar elevados por muito tempo e causar sérios problemas ao paciente. Algumas das complicações geradas são surdez, neuropatia, doenças cardiovasculares, retinoplastia e até mesmo depressão

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 Consumo com moderação

Embora o caju tenha muitos benefícios, os especialistas ponderam que ele deve ser consumido com moderação. O nutrólogo Diego Torrico, da Clínica Penchel, de Belo Horizonte, indica o consumo de uma unidade média ao dia ou um copo do suco, sem açúcar.

“Prefira in natura, não em forma de suco industrializado ou adoçado”, aponta. Quem preferir as castanhas deve consumir de quatro a seis unidades por dia (cerca de 15 a 20 g), levemente torradas e sem sal,

A nutricionista Beatriz Fausto, que atende em Brasília, explica que para controle dos níveis de açúcar no sangue, o ideal é avaliar a carga glicêmica da refeição, levando-se em conta a quantidade e a qualidade do carboidrato consumido.

“É interessante consumi-lo com outras fontes de carboidratos e fibras, sendo a aveia uma boa opção. Incluir uma fonte de proteína na refeição também ajuda a retardar a absorção de carboidratos, contribuindo para uma liberação mais lenta de glicose no sangue”, aconselha a especialista.

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