Epístola anônima enviada à organização diz que Klaus Schwab e sua mulher usavam quantia do fórum em viagens de luxo; eles negam
O Fórum Econômico Mundial abriu investigação contra o próprio fundador, Klaus Schwab, suspeito de utilizar fundos da organização para uso pessoal. A denúncia foi feita em uma missiva anônima enviada para a diretoria do fórum.
Conforme o documento, Schwab teria pedido para funcionários fazerem retiradas de milhares de dólares em quantia em caixas automáticos para si e usado recursos para remunerar por massagens privadas em hotéis. Demais, sua mulher, Hilde, que trabalhara para a organização, organizava reuniões do fórum para mascarar viagens de luxo custeadas com fundos da organização. As informações foram publicadas em reportagem do Wall Street Journal na 3ª feira (22.abr.2025).
Além das questões financeiras, o documento enviado para os diretores do fórum alega que Schwab se aproveitou de sua posição de liderança para praticar abusos contra funcionários, incluindo abusos sexuais contra mulheres empregadas pela organização, além de cometer outros comportamentos discriminatórios.
Através de um porta-voz, a família Schwab negou as acusações. Klaus afirmou que, para proteger sua reputação, irá processar a pessoa responsável pelo envio da missiva e “qualquer um que esteja espalhando essas mentiras”. O porta-voz disse ainda que o fundador devolveu o quantia todas as vezes que pagou por uma massagem em um hotel usando fundos da organização. Klaus e Hilda rechaçaram as alegações de saques de quantia e viagens luxuosas.
Em transmitido enviado ao Wall Street Journal, o fórum informou que o corpo de diretores decidiu dar início a uma investigação independente. “A decisão foi tomada em seguida consultas com conselheiros legais externos”, diz o transmitido, acrescentando que a organização leva as acusações a sério, mas que não há zero provado e que irá esperar o resultado das apurações para dar mais informações.
Uma das principais acusações da missiva é a saudação de uma propriedade de luxo chamada Villa Mundi, que fica ao lado da sede da entidade, em Genebra, na Suíça, e que foi adquirida pelo fórum logo antes da pandemia da covid-19. O documento afirma que Hilde mantém controle sobre a propriedade, que teria um entrada individual para a família Schwab. Diz, ainda, que a lar foi comprada por US$ 30 milhões e que foram gastos mais US$ 20 milhões em reformas, tudo com quantia do fórum.
O porta-voz de Klaus e Hilde argumenta que as reformas realizadas na propriedade aumentaram seu valor e que a família Schwab vive ao lado da Villa Mundi, utilizando-a somente para assuntos relacionados ao fórum.
“O prédio é um protótipo para arquitetura sustentável, o que é muito querido por mim, e eu fiquei contente em mostrá-lo para pessoas que tinham interesse nele”, disse Hilde, em um transmitido.
Klaus Schwab anunciou em maio de 2024 que deixaria o recomendação do Fórum Econômico Mundial antes da reunião de Davos de janeiro de 2025. Sua saída do comando da organização, porém, se deu somente na 2ª feira (21.abr).
Durante seu período adiante da organização, as conferências se tornaram um dos palcos políticos e econômicos mais importantes do mundo, reunindo mais de 2.800 pessoas –dentre elas banqueiros, CEOs, presidentes de bancos centrais e políticos.
