O melzinho do amor é um suplemento que promete aumentar o desempenho sexual e a libido de forma rápida. O produto, que viralizou nas redes sociais, tem sido usado por homens e mulheres como um estimulante sexual natural. Entenda o que é o melzinho, quais substâncias o compõem, como ele atua no organismo e quais são os riscos associados ao seu uso.


O que é o melzinho do amor
O chamado “melzinho do amor” é um suplemento alimentar vendido, em sua maioria, sem prescrição médica e com apelo afrodisíaco. O produto é comercializado em sachês individuais que contêm uma substância líquida semelhante ao mel tradicional. No entanto, a composição costuma conter uma mistura de ingredientes naturais e sintéticos, como extratos vegetais, cafeína e, em alguns casos, derivados de medicamentos como o sildenafil.
Lojas físicas, sex shops e plataformas online comercializam o produto. A promessa de aumento da libido e da potência sexual atrai consumidores, mas a falta de padronização na composição gera preocupações entre órgãos de saúde.
Como o melzinho do amor funciona no corpo
O melzinho do amor age como um vasodilatador, promovendo o aumento do fluxo sanguíneo nos órgãos genitais, o que pode facilitar a ereção em homens e intensificar a sensibilidade nas mulheres. O ginseng, a maca peruana e a cafeína frequentemente estimulam o sistema nervoso central, aumentando o estado de alerta e a excitação.
Alguns fabricantes incluem compostos como o sildenafil (princípio ativo do Viagra), o que eleva os efeitos no organismo, mas também os riscos. De acordo com o National Center for Biotechnology Information (NCBI), o uso indiscriminado de substâncias com ação vasodilatadora pode causar efeitos colaterais como dores de cabeça, taquicardia e queda de pressão arterial.
Composição do melzinho do amor
Como não há regulamentação específica para o produto, a composição do melzinho do amor varia entre fabricantes. Os ingredientes mais comuns incluem:
- Extrato de ginseng
- Maca peruana
- Cafeína
- Taurina
- Mel natural
- Aromatizantes artificiais
- Substâncias vasodilatadoras (em alguns casos)
A ausência de padronização pode levar à presença de substâncias não declaradas no rótulo. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) alerta que empresas importam muitos desses produtos sem registro e incluem medicamentos escondidos em sua fórmula.
Possíveis efeitos colaterais e riscos
O consumo do melzinho do amor pode causar uma série de efeitos colaterais, principalmente quando há compostos farmacológicos não informados. Entre os principais riscos estão:
- Aumento da frequência cardíaca
- Sudorese intensa
- Hipotensão (pressão baixa)
- Dores de cabeça
- Náuseas
- Reações alérgicas
O uso frequente também pode causar dependência psicológica, além de mascarar problemas de saúde sexual que necessitam de acompanhamento médico.
Diversas regiões do Brasil já registraram internações relacionadas ao uso de estimulantes sexuais não regulamentados, o que tem levado as autoridades de saúde a reforçar a fiscalização.
Atualmente, o melzinho do amor não tem aprovação da Anvisa como medicamento ou suplemento com fins terapêuticos. Comerciantes vendem muitos desses produtos de forma clandestina, sem o devido registro, o que impede a verificação da segurança e da eficácia.


Segundo o portal do Governo Federal, os fabricantes precisam registrar sanitariamente os produtos com ação farmacológica antes de comercializá-los no Brasil. O uso de produtos sem registro configura risco sanitário e pode ser passível de apreensão.
Cuidados na hora de comprar e consumir
Antes de utilizar qualquer suplemento com finalidade afrodisíaca, é essencial consultar um profissional de saúde. A automedicação, mesmo com produtos de aparência natural, pode causar complicações sérias.
Ao adquirir qualquer produto que prometa melhorar o desempenho sexual, é importante observar:
- Se o produto possui registro na Anvisa
- Se há bula ou rótulo com ingredientes claros
- A procedência do fabricante
- A existência de testes clínicos ou evidências científicas
Produtos sem registro, como o melzinho do amor em grande parte dos casos, devem ser evitados.
Quer receber notícias no seu celular? Entre no canal do Whats do RIC.COM.BR. Clique aqui!