DESFAZENDO MITOS E MISTÉRIOS SOBRE FESTEJOS JUNINOS

 Por: Pr. Robérico Silva de Oliveira – Teólogo e Psicanalista Clínico.

Usando as metodologias de DESMITIFICAR (desfazer mitos/tirar o caráter de mito, despojar de consagração “alguém ou algo”) e DESMISTIFICAR (desfazer mistérios/desfazer uma mistificação, denunciar erro), à Luz da Verdade/Palavra de Deus, pretendo esclarecer em rápidas palavras sobre os festejos juninos que se iniciam  a partir do dia 1º de junho de cada ano com os trezenários de Santo Antonio culminando com o dia do Santo em 13 de junho de cada ano.  (Obs. A Bahia/Salvador, começa o trezenário de Santo Antonio dia 31 de maio de cada ano). Dias 23 e 24 de cada ano os Católicos comemoram São João e dia 29 dar-se-ão homenagens/comemorações devotadas a São Pedro. Esses santos são separados pelo sincretismo religioso entre a Igreja Católica Apostólica Romana e a Umbanda/Candomblé/

Religiões de matriz africana; onde esses mesmos santos têm correspondências aos seus respectivos orixás: São João, São Pedro e São Jerônimo, correspondem ao orixá Xangô e Santo Antonio corresponde ao orixá Ogum.

Deixo claro que, sem nenhum demérito aos sacerdotes, fiéis, adeptos e simpatizantes em geral dessas religiões, apresento este artigo expressando meu ponto de vista como pastor evangélico e teólogo público. Haja Vista que vivemos em sociedade devendo portanto respeitar e conviver com as diferenças sem fazer acepções de pessoas conforme a Bíblia Sagrada orienta em Romanos 2:11 “Porque, para com Deus, não há acepção de pessoas” e Deuteronômio 10:17 “Pois o SENHOR vosso Deus é o Deus dos deuses, e o Senhor dos senhores, o Deus grande, poderoso e terrível, que não faz acepção de pessoas, nem aceita recompensas;”. Logo, a pergunta é por que então desse artigo? Porque respondo aos questionamentos dos alunos do nosso curso teológico, aos nossos fiéis e a todos que têm dúvidas sobre o assunto em questão, sem nenhuma intenção de ferir, denegrir, desqualificar ou desestabilizar ninguém.

DESMITIFICAÇÃO SOBRE A LENDA DO SURGIMENTO DA FOGUEIRA DE SÃO JOÃO E SEU NASCIMENTO:

*(desfazer mitos/tirar o caráter de mito, despojar de consagração “alguém ou algo”)

Dizem que Santa Isabel era muito amiga de Nossa Senhora e, por isso se visitavam. Uma tarde, Santa Isabel foi a casa de Nossa Senhora e aproveitou para contar-lhe que dentro de algum tempo nasceria seu filho, que se chamaria João Batista. Nossa Senhora então perguntou:

– N. S. – Como poderei saber do nascimento dessa criança?

– Isabel – Vou acender uma fogueira bem grande. Assim você poderá vê-la de longe e saberá que João Batista nasceu. Mandarei erguer um mastro na fogueira com uma boneca sobre ele.

Santa Isabel cumpriu a promessa.

Certo dia Nossa Senhora viu ao longe uma fogueira e depois umas chamas bem vermelhas. Foi à casa de Isabel e encontrou o menino João Batista, que mais tarde seria um dos santos mais importantes da religião católica. Supostamente isso se deu no dia 24 de junho.

Conforme a Bíblia Sagrada, a história de João Batista no Evangelho de Lucas 1.57-80, não fala de nenhuma fogueira ou de qualquer outro sinal que revelasse o seu nascimento.

No relato bíblico de Lucas 1.20, Zacarias o Pai de João Batista ficou mudo por não acreditar que a sua esposa por ser estéril ficaria grávida conforme o Anjo Gabriel anunciara. Quando nasceu a criança, a sua mãe Isabel disse que o menino se chamaria João. Perguntando para o Pai Zacarias, esse escreveu o nome João numa tabuazinha. Logo, a língua se desprendeu, seu aparelho fonético voltou a funcionar e ele de forma maravilhosa tornou a falar (Cf. Lucas 1.59-64).

Quanto a fogueira, essa expressão/palavra aparece na bíblia apenas duas vezes em Isaias 30.33 (que arremete ao deus Moloque ao qual os amonitas, uma etnia de Canaã – povos presentes na península arábica e na região do Oriente Médio, cultuavam esse deus; que também é o nome de um demônio na tradição cristã e cabalística. Este povo sacrificava crianças ao deus Moloque (tipo o aborto praticado nos dias atuais).  E, em Amós 4.11 (referência a destruição de Sodoma e Gomorra pôr fogo e enxofre). Em ambas passagens se referem ao castigo de Deus para destruir, pelo fogo gerações promíscuas, perversas, violentas, idólatras, politeístas e antropólatra.

A VERDADE SOBRE OS FESTEJOS JUNINOS EM COMEMORAÇÃO A SANTO ANTONIO, SÃO JOÃO E SÃO PEDRO

DESMISTIFICAÇÃO SOBRE O ANIVERSÁRIO DE JOÃO BATISTA:

(desfazer mistérios/desfazer uma mistificação, denunciar erro)

Na realidade no dia 24 do mês de junho de cada ano, não se comemora (festeja), a João Batista o último profeta de Deus e, sim, o aniversário de Herodes Antipas, Tetrarca da Galileia e Pereia, do ano 4 a.C. a 39 AD. (Ano do Senhor). Vale lembrar que oficialmente, ele não era um rei, mas este era o título popularmente usado para ele. Conforme o relato bíblico de Marcos 6:17-29, deixa claro que, nesta data, quando se festejava o aniversário de Herodes a filha da sua esposa Herodias, a jovem e encantadora Salomé agradou ao aniversariante com as suas curvas e danças instigantes/excitantes, que o levou a oferecer-lhe até metade do seu reino. Induzida/persuadida por sua mãe que odiava o Profeta João Batista que acusava ela e Herodes de pecado incestuoso porque ela foi mulher de (Filipe) irmão de Herodes. Por isso Herodias incentivou a filha Salomé pedir a cabeça de João Batista numa bandeja. Logo, fica claro que é ignorância religiosa e até cultural e intelectual que se comemore nesse período de junho, o nascimento/aniversário do profeta João Batista que preparou o caminho do seu primo Jesus. Fica patente que além do aniversário de Herodes, é comemorado também, a decapitação/execução do homem de Deus e, não o seu nascimento. Além do mais não existe combinação entre o sagrado e o profano (luz e trevas). Uma festa religiosa jamais poderá ser regada a licores, quentões, cervejas (bebidas alcoólicas em geral), forró ou qualquer outro ritmo/estilo musical secular/profano).

No dia 24 de junho estão comemorando a morte/decapitação do Profeta João Batista e aniversário de Herodes. Curioso é que o Papa Júlio I (em 350), determinou/oficializou o nascimento de Jesus Cristo para 25 de dezembro. Mas, no evangelho de Lucas deixa claro que João Batista nasceu três meses antes do seu primo Jesus. Aqui verificamos uma contradição gritante, pois, neste caso, retroagindo três meses o nascimento de João Batista seria no final de setembro ou início de outubro. Todavia, o “XIS” da questão é: EM QUE PARTE DA BÍBLIA ORIENTA O CRISTÃO A CELEBRAR/ANIVERSARIAR OS ENTES-QUERIDOS FALECIDOS? ANIVERSÁRIO DE QUEM JÁ MORREU? Esta é uma prática que não se explica, nem se justifica. Não existe respaldo bíblico!

Sobretudo, trata-se de festa pagã! Pense nisso e evite definitivamente corroborar com o paganismo.

DESMITIFICAÇÃO SOBRE SÃO PEDRO:

*(desfazer mitos/tirar o caráter de mito, despojar de consagração “alguém ou algo”)

São Pedro – diz a lenda que São Pedro é o Santo que guarda as portas dos céus e é ele também, responsável pelas chuvas, padroeiro das viúvas, dos pescadores e foi o suposto primeiro papa”.

Acredita-se que no dia 29 de junho dia de São Pedro as viúvas que acendem fogueiras velam pelas almas dos seus entes-queridos falecidos. Existem rezas, rituais, devoções a São Pedro para revelar o dia da própria morte do devoto e para fazer chover nas roças promovendo a prosperidade.

DESMISTIFICAÇÃO SOBRE SANTOS INTERCESSORES:

*(desfazer mistérios/desfazer uma mistificação, denunciar erro)

O Evangelho de Cristo segundo João no Capítulo 14 versículos 2 e 3, deixa claro que, quem estar nos Céus preparando lugar e morada para nós é o próprio Jesus Cristo. Em Atos 4.11-12 está escrito: “Este Jesus é pedra rejeitada por vós, os construtores, a qual se tornou a pedra angular. E não há salvação em nenhum outro; porque debaixo do céu não existe nenhum outro nome dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos”

Em Mateus 22.32 está escrito: “Eu sou o Deus de Abrão, o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó? Ora, Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos”.

Observação: O Catolicismo/igreja romano, cita este versículo para justificar a intercessão dos santos da sua crença e de Maria junto a Deus. Ledo engano, pois a resposta apologética é: Jesus afirma que aqueles que já dormiram no Senhor (mortos para nós) estão na verdade vivos para Deus. Isso elucida a questão da sobrevivência da alma (Apocalipse 6:9-11), pois Deus é Deus dos vivos e não dos mortos. O Senhor é o Deus de Abraão, Isaque e Jacó. Todos esses homens já morreram, mas para Deus estão vivos! Não existe apoio escatológico para a doutrina da intercessão realizada pelos santos apresentados pela igreja católica. Os mortos estão conscientes no céu, mas não podem entrar em contato com os que estão na terra. Logo, não podem ouvir as orações dos vivos. Em relação ao texto de Mateus 17.4 não encontramos nenhuma menção de oração ou reza dirigida aqueles profetas durante a transfiguração, e muito menos ouve comunicação entre Moisés e Elias e os demais discípulos. Os profetas falaram somente com Jesus e entre si (v. 3). Não conversaram com os discípulos. O texto relata explicitamente: “Pedro disse a Jesus” (v. 4). Não diz que o apóstolo falou com Moisés ou Elias.

O encontro em questão foi único. Não houve precedente para uma comunicação constante com os falecidos. O objetivo da transfiguração era um só: demonstrar a glória de Cristo em seu Reino.

 Existem boas razões para que os católicos romanos não orem/rezem aos mortos.

Em primeiro lugar, devemos compreender, pela Bíblia que Deus é o único ser a quem devemos dirigir as nossas orações. Tanto no antigo quanto no novo testamento não há relatos de alguém invocando líderes mortos.

Em segundo lugar, a oração entre outras coisas é adoração. É um elemento de culto. Logo, orar a qualquer outro ser é inadmissível (João 14.13,14).

 Fonte: Bíblia Apologética de Estudo (João Ferreira de Almeida Edição Corrigida e Revisada).

Quanto a Pedro ser santo da chuva e da prosperidade, esta é uma nova versão de baal, o deus da chuva e da prosperidade da cultura politeísta herdada dos babilônios. Foi por causa do culto a esse deus (príncipe de demônios) que o Criador, o Deus dos deuses irou-se e fez o Profeta Elias profetizar seca e fome sobre Israel por três anos e seis meses. E houve grande fome naquele lugar (Cf. 1 Reis 17.1). Aquele ídolo nada pôde fazer, até surgir o despertamento espiritual daquele povo através da batalha do homem de Deus, Elias com os 450 profetas de baal (1 Reis 18.21-39). Quando o povo reconheceu que só o Senhor é Deus, e rejeitou a idolatria e o politeísmo, a chuva caiu com abundância (1 Reis 18:39. 45). Obs. Este versículo 1 Reis 18.45 revela que Elias recebeu força/ajuda sobrenatural para chegar na residência de inverno de Acabe, distante 27 quilômetros do Monte Carmelo local da batalha entre o homem de Deus/Ungido do Senhor e os profetas de baal.

Quanto a São Pedro ser padroeiro das viúvas, esta é outra cultura politeísta da babilônia. A bíblia diz: “Os mortos não louvam ao Senhor, [E NEM SÃO LOUVADOS] nem os que descem a região do silêncio” – (Salmo 115.17).

O que o Apóstolo Pedro FEZ, fez enquanto viveu. A bíblia registra no livro de Atos 5.15 que os enfermos as margens do caminho por onde Pedro haveria de passar, acreditavam que até a sua sombra poderia curá-los. Saiba que Deus trabalha, opera, através dos vivos e jamais através dos mortos. Pense nisso.

Porque Ele é Deus de vivos. Depois que a pessoa morre seu espírito volta para Deus e de lá não terá permissão para voltar e fazer qualquer tipo de atividade ou poder de interceder por quem quer, quer seja e/ou causa qualquer (Eclesiastes 12.7; Jó 7.9-10; Hebreus 5.9). Aqui verificamos teologicamente e biblicamente falando, é um jogo de engano que tenta desvirtuar a verdade e levar um número expressivo de pessoas a depositar fé, confiança e esperança na criatura que nada poderá fazer e jamais crer no criador que sempre poderá resolver todas as coisas hoje, amanhã e eternamente, pois nosso Deus e o Senhor Jesus não mudam. (Atos 4.12; Hebreus 13.8; Malaquias 3.6).

Quanto a suposta afirmação de que o Apostolo Pedro foi o PRIMEIRO PAPA é o maior equívoco da igreja romana. Explico em etapas:

1ª – Pedro era casado e nunca foi celibatário conforme Mateus 8.14 “Tendo Jesus chegado à casa de Pedro, viu a sogra deste acamada e ardendo em febre” – contextualizando com 1 Coríntios 9:5 “E também o de fazer-nos acompanhar de uma mulher irmã, como fazem os demais apóstolos, e os irmãos do Senhor, e Cefas [Pedro]?

Ora, sendo Pedro, casado, na visão católica, jamais ele poderia ser o primeiro papa, pois deveriam aceita-lo/ordená-lo juntamente com a sua família. Logo, a cultura de um papa que não pode se casar não será autossustentada;

2ª – O Versículo 18 de Mateus 16, jamais servirá de sustentação para a teoria católica de que o próprio Cristo declarou/outorgou/ordenou e/ou constituiu o Apóstolo Pedro primeiro Papa da igreja romana.   Siga o raciocínio: Em Mateus 16:18a tá escrito: “Também eu te digo que tu és Pedro…”   O nome Pedro (no grego, Petros) significa pedra ou homem pedra.  Na frase seguinte Jesus usou a palavra petra, “…e sobre esta pedra edificarei a minha igreja…”. (“sobre esta rocha”), uma forma feminina da palavra “pedra”, que não era um nome próprio. Cristo fez um jogo de palavras. Ele não disse “sobre ti, Pedro” ou “sobre os teus sucessores”, mas “sobre esta rocha” – sobre esta revelação divina e esta profissão de fé em Cristo (subtende-se que neste ato Jesus apontou para si mesmo). Edificarei – O uso do futuro demonstra que a formação da igreja ainda estava por acontecer. Na verdade, ela começou no dia de Pentecostes, Atos 2. Além desta, há somente mais uma ocorrência da palavra “igreja” nos Evangelhos, em Mateus 18:17. Desta forma constatamos que o Apóstolo Pedro teve/tem, o seu nome usado indevidamente pela igreja romana.

Fonte: Bíblia Anotada – Tradução: João Ferreira de Almeida – Edição Revista e Atualizada no Brasil.

SANTO ANTONIO

DESMITIFICANDO:

Em 13 de junho de cada ano dar-se-ão as devoções a Santo Antonio, (novenas e trezenas) ao santo casamenteiro”. Dentre as devoções e rituais, destaca-se aquela em que as moças jovens que pretendem se casar adquirem imagem miniatura de Santo Antonio (geralmente feita em metal/chumbo) e a coloca de cabeça para baixo/ponta-cabeça dentro de um copo com água e seguida de rezas e velas acesas (outros rituais) imploram ao santo que envie em tempo hábil a sua cara-metade. Prometendo tirar o santo de ponta-cabeça do copo com água tão logo ele cumpra o pedido/promessa.

DESMISTIFICANDO:

Fiquei sabendo que a ideia original da igreja católica era tão somente apresentar os homens e mulheres dedicados as Santas Missões, como reconhecimento por seus feitos e registrar suas histórias nos anais da igreja e acima de tudo para que a história belíssima desses (as) personagens não fossem apagadas com o tempo. Todavia, alguns fiéis por não entenderem, começaram a fazer promessas e devoções (aos seus ídolos/celebridades religiosas falecidas) e mediante fé natural, autossugestão/efeito placebo, etc., foram surgindo alguns resultados que deixaram algumas autoridades eclesiásticas em apuros. Como tal prática transformou-se em tradição, hoje é difícil revogar essa crença politeísta fugindo do plano original e real monoteísta. Daí criou-se a cultura da beatificação e canonização segundo critérios definidos em concílios, como também de santos padroeiros (intercessores por cidades, estados e nações). Vale lembrar que a cultura de padroeiros é oriunda dos babilônios que, por terem a certeza de que seus deuses não eram oniscientes, nem onipresentes, nem onipotentes, começaram a eleger deuses por localidades, regiões e estados. Logo, essas práticas não são cristãs/evangélicas/divinas, por isso devem ser rejeitadas pelos verdadeiros santos/servos e servas do Senhor. (Cf. Gálatas 1:8-9, “Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema [maldita]. Assim, como já vo-lo dissemos, agora de novo também vo-lo digo. Se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema [seja maldito/amaldiçoado]”).
É melhor ter uma fé pequena num grande e verdadeiro Deus, do que uma fé grande/gigante num deus pequeno (ídolos/Entidades). Pense nisso.

Por: Pr. Robérico Silva de Oliveira – Teólogo e Psicanalista Clínico.

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