Quem convive com o refluxo sabe que a queimação constante, o gosto amargo na boca e a sensação de “comida voltando” podem atrapalhar — e muito — a qualidade de vida. Embora o tratamento envolva uma série de mudanças nos hábitos alimentares, uma dica simples pode fazer toda a diferença: eliminar a cafeína da rotina.
A substância, presente no café; em chás, como o preto e o verde; refrigerantes à base de cola e energéticos, tem efeito estimulante sobre o sistema nervoso, mas também age relaxando o esfíncter esofágico inferior — válvula que impede o conteúdo do estômago de voltar para o esôfago. Quando ela se abre com mais facilidade, o refluxo aparece com força.
Além disso, a cafeína pode aumentar a produção de ácido no estômago, agravando ainda mais os sintomas. Por isso, pacientes diagnosticados com refluxo gastroesofágico devem evitar completamente o consumo dessas bebidas, ou substitui-las por versões descafeinadas e infusões suaves, como camomila ou erva-doce.
Ficar sem café pode parecer difícil no começo, mas o alívio nos sintomas costuma compensar a troca. O ideal é fazer a retirada de forma gradual e sempre com acompanhamento nutricional e médico.
(*) Juliana Andrade é nutricionista formada pela UnB e pós-graduada em Nutrição Clínica Funcional. Escreve sobre alimentação, saúde e estilo de vida
