O falecimento do papa Francisco nesta segunda-feira (21) abre caminho para a realização de um novo conclave no Vaticano, que deve principiar em até 20 dias. O encontro será responsável por optar o novo líder da Igreja Católica, um dos cargos religiosos mais importantes do mundo.
Embora, tecnicamente, qualquer católico batizado possa ser escolhido para o posto, a tradição indica que o novo pontífice deve trespassar do escola de cardeais, formado pelos principais membros da jerarquia eclesiástica.
Entre os 138 cardeais com menos de 80 anos aptos a participar do processo, sete são brasileiros. Um deles é o Clérigo de Salvador, Sérgio da Rocha, 65 anos, nomeado cardeal por Francisco em 2016. Uma vez que Primaz do Brasil, ele lidera a arquidiocese mais antiga do país.
Também estão aptos a participar do conclave os cardeais Jaime Spengler, presidente da Conferência Vernáculo dos Bispos do Brasil (CNBB) e prior de Porto Jubiloso, e Odilo Scherer, prior de São Paulo, nome poderoso entre os influentes do escola cardinalício, com 75 anos.
A lista de brasileiros inclui ainda Orani Tempesta (Rio de Janeiro), Paulo Cezar Costa (Brasília), João Braz de Aviz (emérito de Brasília) e Leonardo Ulrich Steiner (Manaus). Exclusivamente Raymundo Damasceno, prior emérito de Aparecida, com 87 anos, está fora da votação por ultrapassar o limite de idade.
Com a morte de Francisco, a Igreja entra em luto e inicia o processo de preparação para o conclave, marcado por rituais tradicionais e intensas articulações internas.