Comitê Abre Consulta Pública Sobre Princípios Para Regulação De Redes Sociais No Brasil

O Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) abriu uma consulta pública para colher sugestões da sociedade sobre os princípios que devem nortear a regulação de plataformas digitais, especialmente redes sociais, no país. O processo segue aberto até o dia 17 de junho, por meio da plataforma Diálogos.

A proposta preliminar apresenta dez princípios fundamentais elaborados pelo CGI.br como base para o debate público:

  • Soberania e segurança nacional
  • Liberdade de expressão, privacidade e direitos humanos
  • Autodeterminação informacional
  • Integridade da informação
  • Inovação e desenvolvimento social
  • Transparência e prestação de contas
  • Interoperabilidade e portabilidade
  • Prevenção de danos e responsabilidade
  • Proporcionalidade regulatória
  • Ambiente regulatório e governança multissetorial

A coordenadora do CGI.br, Renata Mielli, destaca que a participação da sociedade é essencial para garantir que a regulação das plataformas digitais seja equilibrada e voltada para o interesse público.

“Nosso entendimento é que esses princípios devem equilibrar o poder das plataformas com a responsabilização por efeitos nocivos causados à sociedade, garantindo transparência, proporcionalidade, respeito à diversidade e aos direitos humanos”, afirmou Mielli, em nota.

Proposta em debate

No documento de referência, o CGI.br define redes sociais como serviços digitais voltados à criação, compartilhamento e disseminação de conteúdos por usuários, além de promoverem a interação entre pessoas, grupos e perfis públicos. O texto também ressalta o papel econômico e informacional dessas plataformas, muitas vezes movidas por modelos de negócios baseados em publicidade e serviços pagos.

A proposta defende que a regulação deve buscar o equilíbrio entre liberdade e responsabilidade, assegurando a proteção de direitos fundamentais, o fortalecimento da democracia, a preservação da liberdade de expressão e o estímulo à inovação.

A iniciativa representa um passo importante no debate sobre a governança digital no Brasil e pode influenciar futuras legislações voltadas à atuação de grandes plataformas no país.