Nesta terça-feira (6), durante sua 9ª reunião do Comitê de Governança, as ações do programa Bahia pela Paz foram apresentadas, assim como os resultados obtidos nas cidades de Salvador e Feira de Santana. O encontro, realizado no Centro de Operações e Inteligência (COI), reuniu representantes do Executivo, Judiciário, Ministério Público, Defensoria Pública, Assembleia Legislativa e organizações da sociedade civil.
Coordenado pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT) e pelo secretário de Justiça e Direitos Humanos, Felipe Freitas, o programa em como objetivo o combate à violência por meio da articulação de políticas públicas nos territórios mais vulneráveis. “Eu tenho acompanhado as ações de cada instituição e o Bahia pela Paz tem um grande potencial apaziguador no médio e longo prazo no que diz respeito à redução da criminalidade no estado”, afirmou o governador durante o encontro.
Os números apresentados durante a reunião mostraram avanços: 87 visitas técnicas realizadas, 264 atendimentos em comunidades de Salvador e Feira de Santana e seis coletivos já em funcionamento. Os Coletivos Bahia pela Paz — espaços comunitários que reúnem serviços de apoio à juventude e à cidadania — já operam nos bairros da Liberdade, Paripe, São Caetano e Águas Claras, na capital baiana; e em Mangabeira e Conceição, em Feira. E a meta do governo é instalar 24 unidades em diferentes municípios, incluindo Jequié, Camaçari, Simões Filho, Dias D’Ávila, Lauro de Freitas, Santo Antônio de Jesus e Valença.
“Já implantamos o coletivo em Águas Claras e em outros bairros de Salvador e de Feira de Santana, reafirmando o compromisso do governo com o fortalecimento das políticas de juventude e da prevenção à violência nos territórios vulneráveis. A ideia é que, ao entrarem em um coletivo Bahia pela Paz, os jovens entrem em um portal de acesso à cidadania e às políticas públicas nas mais variadas áreas”, destacou o secretário Felipe Freitas.
Dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP) revelam impactos positivos:
- Redução de 10,2% nos crimes letais intencionais;
- Redução de 9,2% nas mortes violentas intencionais em relação ao ano anterior;
- Prisão por reconhecimento facial: 837 prisões somente em 2025 — 244 delas em abril.
Além dos resultados operacionais, foram discutidas iniciativas como o projeto Liberdade Procurada e o trabalho do Grupo Especializado para a Defesa do Tribunal do Júri, ambos conduzidos pela Defensoria Pública. O encontro também abordou o plano Pena Justa, iniciativa do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em parceria com a União, voltada à reestruturação do sistema penitenciário e à promoção de condições dignas no cumprimento de penas.