O general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), optou por ficar em silêncio durante interrogatório realizado nesta terça-feira (10) no Supremo Tribunal Federal (STF). Ele respondeu apenas às perguntas formuladas por sua defesa.
A sessão foi conduzida pelo ministro Alexandre de Moraes, que leu todos os questionamentos previstos para que constassem oficialmente na ata. Heleno seria indagado sobre o suposto uso da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), então vinculada ao GSI, para a produção de conteúdos falsos envolvendo as urnas eletrônicas. Também haveria perguntas sobre uma agenda apreendida em sua residência, com anotações que sugeriam fraudes nas eleições.
Além disso, o general seria questionado a respeito das declarações feitas por ele durante a reunião ministerial de 5 de julho de 2022.
A audiência desta terça-feira já ouviu outros integrantes do chamado núcleo central da tentativa de golpe de Estado, como o tenente-coronel Mauro Cid, o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), o almirante Almir Garnier e o ex-ministro da Justiça Anderson Torres. As oitivas seguem até sexta-feira (13), no âmbito da ação penal conduzida pela Primeira Turma do STF.