Os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) marcharam em Brasília nesta quarta-feira (7/5) em ato pró-anistia. Presente no ato, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, estimou o público de 10 mil pessoas. A PM do DF não divulgou estimativa oficial. A “Caminhada Pacífica pela Anistia Humanitária” contou com a participação de diversos parlamentares, além do próprio Bolsonaro, que chegou por volta das 16h, apesar de estar recém-operado e em recuperação.
“Estamos no caminho certo”, discursou Bolsonaro, do trio. “Anistia é um ato político e privativo do Parlamento brasileiro. O Parlamento votou, ninguém tem que se meter em nada”, seguiu ele, em uma referência ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Participando do ato menos de uma semana após receber alta hospitalar, Bolsonaro agradeceu aos presentes. “O que estamos vivendo no momento é muito triste e doloroso, mas não vamos perder a esperança”, discursou ele.
“Se queremos democracia, liberdade, uma pátria melhor para todos, todos somos responsáveis pelo futuro do país. Hoje nós sabemos quem somos, o que queremos e para onde iremos. Eu sou apenas instrumento. Sou empregado de vocês. Não tenho nenhuma obsessão por poder. Não sei como alguns poderosos fazendo tanta maldade conseguem dormir em paz uma noite sequer”, seguiu o ex-presidente.
“Parabéns, Bolsonaro. Se você tivesse sarado uma semana antes, eu não sei o que ia ser isso aqui. Só de você anunciar sua presença aqui — olha lá para trás para você ver –, já tem 10 mil pessoas aqui”, discursou Valdemar. “Um trabalho pacífico, tranquilo. Ninguém pode reclamar disso. Temos que estar juntos para acabar com esse sofrimento dessa gente que está sofrente há dois anos”, seguiu o presidente do PL.
O ato pró-anistia teve duração de duas horas e foi iniciado na Funarte, perto da Torre de TV. Por volta das 16h20, os participantes iniciaram passeata rumo à Esplanada dos Ministérios. Eles vão até a Avenida José Sarney, antes do Congresso Nacional, onde ficaram até 18h.
PL da Anistia
O PL da Anistia busca perdoar manifestantes que participaram da invasão e depredação dos prédios dos Três Poderes, em Brasília. A iniciativa é defendida pela oposição, que afirma ter mais de 200 assinaturas e caminha para alcançar as 257 necessárias para a votação da urgência.
Se a urgência for aprovada, o texto pode ser votado diretamente pelos deputados em Plenário, sem análise prévia das comissões, o que acelera a tramitação.