O trabalho de investigação da Polícia Civil de Feira de Santana e região vai ganhar um reforço importante com a implantação de um posto policial no Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA). Ao portal Acorda Cidade, o coordenador regional de polícia, delegado Yves Correia (1ª Coorpin), informou que o posto terá funcionamento 24 horas. A inauguração, segundo o coordenador, deve ocorrer em breve, e está dependendo da posse de novos policiais. As nomeações estão previstas para serem publicadas no Diário Oficial do Estado, desta quarta-feira (2).
“Certamente é mais um ganho aqui para Feira de Santana e região e para a 1ª Coordenadoria. O posto da Polícia Civil já está pronto e só estamos aguardando os colegas chegarem, os novos policiais civis que estão chegando e que irão reforçar o nosso quadro de efetivo. Serão 8 policiais civis atuando no posto do Hospital Geral Clériston Andrade”, informou.
Para Yves, o posto vai facilitar muito o registro das ocorrências de tentativa de homicídio, bem como de lesões corporais e outros diversos delitos que cheguem ao conhecimento da polícia, através das entradas de pacientes no hospital.
“Este hospital atende a 126 municípios, ou seja, é muito além da Coorpin de Feira de Santana, de modo que, estrategicamente para a Segurança Pública, se percebeu que é extremamente relevante. Ali há parentes, testemunhas e muitas vezes as próprias vítimas já falam se viram o autor ou se sabem quem são, já indicam. Então é mais um reforço que a Polícia Civil ganha aqui de Feira de Santana, o que vai ajudar a operacionalizar ainda mais a Coorpin”, disse.
A Polícia Militar já atua no HGCA fazendo as ocorrências de modo administrativo, contudo nem sempre há o Boletim de Ocorrências.
“É o BO, o Boletim de Ocorrência Policial, que gera o futuro inquérito, a futura investigação policial. Então, com esse posto da Polícia Civil implantado, você já vai conseguir iniciar a ocorrência e, logicamente, o delegado da área referente àquela tentativa, àquela lesão corporal, terá que despachar para instaurar ou não o procedimento de inquérito policial, ou o termo circunstanciado, a depender do caso e do grau da lesão. Será possível iniciar as investigações com base nisso e buscar esses autores e as cautelares para prendê-los. É Importante demais esse posto e logicamente a gente vai estar trabalhando em parceria, como sempre, com a Polícia Militar. É mais um avanço para a cidade de Feira de Santana, que a gente está conseguindo e, graças a Deus, evoluindo cada vez mais”, explicou o coordenador durante entrevista ao Acorda Cidade.
Yves Correia comentou que atualmente existe uma comunicação via WhatsApp entre o Hospital Geral Clériston Andrade e a Polícia Civil, mas reforçou que o posto vai acrescentar muito mais recursos informativos ao trabalho de investigação.
“Existe claramente a necessidade deste posto. Antigamente, não chegavam muitas tentativas, muitas lesões corporais ao conhecimento da polícia. Então, é um verdadeiro absurdo, porque você gera um ciclo natural de violência, uma vez que aquela vítima de hoje pode ser o autor de amanhã. Então, a gente tem que estar monitorando essas vítimas de tentativa. Não obstante, o crime não ter sido consumado ocorre por circunstâncias alheias à vontade dos autores e a gente tem que buscar, sim, esses autores para evitar futuros crimes. Além disso, muitos pacientes mentem, dão identidade falsa, então, se isso ocorrer, a gente consegue, inclusive, enquadrar em um crime de uso de documento falso ou de uma falsa identidade em flagrante delito”, concluiu.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade