O julgamento de Daniel Alves na Espanha está marcado para 5, 6 e 7 de fevereiro. O jogador, acusado de estupro em Barcelona, defende sua inocência, alegando que a relação foi consensual. Preso desde janeiro, enfrenta até 12 anos de prisão em caso de condenação por agressão sexual.
No caso de condenação, Daniel Alves, apesar do pedido de 12 anos de prisão, não deverá cumprir a pena completa. A defesa do jogador efetuou o pagamento inicial de 150 mil euros à denunciante no início do processo, o que pode resultar em uma detenção máxima de seis anos. A advogada da mulher contesta a possível redução da pena.
A Tribunal Provincial de Barcelona negou, em novembro, pela terceira vez o pedido da defesa para Daniel Alves responder às acusações em liberdade. A Justiça espanhola justificou a necessidade de mantê-lo na prisão apontando o fato de que ele tem recursos financeiros suficientes para planejar uma fuga do país. Além disso, o Ministério Público solicita dez anos de liberdade vigiada após o cumprimento da pena em cárcere, e que ele seja proibido de se aproximar da vítima, assim como de se comunicar com ela, pelo mesmo período.
Caso
A notoriedade do caso surgiu na imprensa espanhola no ano passado, quando, em 31 de dezembro, o jornal ABC divulgou que Daniel Alves teria cometido agressão sexual contra uma jovem na casa noturna Sutton no dia anterior. A vítima estava acompanhada por amigas durante todo o tempo, e a equipe de segurança da casa noturna acionou a polícia, que tomou o depoimento da vítima.
A Justiça espanhola aceitou, no dia 10 de janeiro, a denúncia e passou a investigar o jogador brasileiro, que, por muitos anos, defendeu a camisa do Barcelona. Inconsistências nas versões dadas pelo atleta à Justiça, além da possibilidade de fuga do país europeu, fizeram com que a juíza Maria Concepción Canton Martín decretasse a prisão em 20 de janeiro.
No decorrer do período em que está recluso, o brasileiro mudou o seu depoimento por mais de uma vez, trocou de advogado de defesa e teve negado outros recursos para responder à acusação em liberdade. Além disso, entrou em um processo de divórcio com a modelo e empresária espanhola Joana Sanz, que acabou não indo adiante. Nas contradições, Daniel Alves chegou a dizer que não conhecia a mulher que o acusava. Depois, argumentou que houve relação sexual com ela, mas de forma consensual.