A magistrada solicitou informações à chefia da PC-PE para saber se o profissional teria recebido dinheiro para falsificar laudo pericial que, supostamente, favoreceria o colégio onde ocorreu o crime. Fórum de Petrolina Emerson Rocha / g1 Petrolina A juíza do Tribunal do Júri de Petrolina, no Sertão de Pernambuco, Elane Brandão Ribeiro, concluiu que não procede a suspeita de recebimento de propina de R$1,5 milhão por parte de um perito do Caso Beatriz. A defesa da família da menina, assassinada em dezembro de 2015, havia solicitado à magistrada que fossem pedidas informações à chefia da Polícia Civil de Pernambuco para saber se o profissional teria recebido o dinheiro para falsificar laudo pericial que, supostamente, favoreceria o Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, onde ocorreu o crime. ” Diante de tais circunstâncias, não tendo sido apresentado a este juízo nenhum elemento de prova que subsidie a narrativa realizada no bojo de relatório da Operação Metástase deflagrada pela Polícia Federal, cujo fundamento apresentado seria suposto relato prestado pela Delegada de Polícia Civil Francisca Polyanna da Silva Neri, que esclareceu não ter conhecimento, nem haver prestado qualquer informação neste sentido, de se concluir pela ausência de questão prejudicial ao regular trâmite dos autos”, diz a decisão da juíza. Em nota, a Associação de Polícia Científica de Pernambuco (APOC-PE) destacou a decisão da juíza. “A Associação de Polícia Científica de Pernambuco enaltece a imparcialidade e rigor do trabalho da juíza Elane Brandão Ribeiro na análise desse caso tão sensível e reforça seu compromisso com a busca da verdade e o cumprimento da justiça, sempre primando pela transparência e pela confiabilidade dos resultados periciais. É importante ressaltar que ataques infundados ao trabalho da perícia só beneficiam aqueles que tentam se eximir da justiça e escapar das consequências ou da responsabilidade por um crime ou ato ilegal”, diz um trecho da nota. Acusado de matar a menina Beatriz fica em silêncio no último dia de audiência de instrução “Ele é um monstro”, diz mãe da menina Beatriz sobre o acusado do crime no segundo dia de audiência Marcelo da Silva, acusado de matar a menina Beatriz Angélica, ficou em silência durante audiência de instrução Emerson Rocha / g1 Petrolina Em novembro do ano passado, Marcelo da Silva, acusado de cometer o crime, passou por audiência de instrução, que só foi finalizada em dezembro. Ainda não foi definido se o acusado vai ou não a juri popular. Entenda o caso A menina de 7 anos participava da formatura da irmã em uma das escolas mais tradicionais de Petrolina quando saiu para beber água e desapareceu. Reprodução/TV Globo Beatriz Angélica, de 7 anos, foi morta em 10 de dezembro de 2015, quando estava na formatura da irmã, no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, um dos mais tradicionais de Petrolina. Segundo investigações, a menina recebeu dez facadas. Ela saiu do lado dos pais para beber água e desapareceu. Vídeos registraram o momento em que a menina saía da solenidade. O corpo de Beatriz foi achado dentro de um depósito de material esportivo da instituição, com uma faca do tipo peixeira cravada na região do abdômen. A menina também tinha ferimentos no tórax, membros superiores e inferiores. Com a demora para a solucionar o caso, em dezembro de 2021, pouco depois do crime completar seis anos, os pais de Beatriz fizeram uma caminhada de Petrolina até Recife, para pedir justiça. O caso Beatriz Angélica começou a ser solucionado em janeiro de 2022. Na época, a Polícia Científica afirmou que Marcelo da Silva confessou o assassinato. A polícia esclareceu que chegou ao suspeito a partir de exames de DNA na faca usada no assassinato. Quando as autoridades fizeram o anúncio da descoberta, Marcelo da Silva já estava preso por outros crimes. O DNA encontrado na faca foi comparado com o material genético de 124 pessoas consideradas suspeitas ao longo dos seis anos da investigação. Vídeos: mais assistido do Sertão de PE
Fonte: G1