Um caso que vem chocando a Chapada Diamantina completa 30 dias ainda sem solução: o desaparecimento da jovem Beatriz Pires da Silva Santos, de 25 anos, mãe de um menino de 2 anos e grávida de seis meses, saiu de casa no dia 11 de janeiro, para voltar no dia seguinte e nunca mais foi vista. As investigações policiais apontam como suspeito o vereador, presidente da Câmara de Vereadores de Barra da Estiva, que segue como investigado.
Dra. Suilane Novaes Lima, Advogada que representa a família de Beatriz, concedeu entrevista ao Jornal do Meio-Dia, da Radio Nova Web Seabra, nesta segunda-feira (13), posicionando sobre as investigações.
Segundo a Doutora, o Inquérito Policial é mantido em sigilo, para resguardar as investigações., porém, é de conhecimento público que algumas buscas e apreensões foram feitas. Já foram ouvidos testemunhas e familiares de Beatriz. Foi apreendido um computador na Câmara de Vereadores e o carro, fiat Uno, o qual foi identificado por imagens de câmera de segurança como sendo o veículo que Beatriz entrou no dia do seu desaparecimento.
O carro apreendido pertence ao Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Barra da Estiva, e, o vereador investigado, está presidente desse sindicato, também. Ouve busca e apreensão em uma fazenda, que pertence ao vereador investigado.
No dia 03 de fevereiro houve uma manifestação que saiu da frente da Câmara de Vereadores e ganhou as ruas da cidade.
Dra. Suilane reforça a importância das manifestações populares e a divulgação pela impressa, pois ela vê como uma forma de sensibilizar a quem viu, sabe ou ouviu alguma coisa possa procurar a polícia e ajudar a elucidar o caso, pois a família está desesperada, sem nenhuma resposta ainda. É assegurado o sigilo e o anonimato de quem possa denunciar sobre alguma coisa.
“Beatriz é uma jovem mulher de hábitos simples, não saía de casa sem falar para onde ía, esse caso está fora da curva, totalmente atípico. E foi vista pela última vez em uma via pública, quem viu algo, souber de algo que possa ajudar a elucidar esse caso, por favor, procure a Polícia”, reforça a Doutora.
Segundo a advogada, seu escritório emitiu ofícios para o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Barra da Estiva e também para a Câmara de Vereadores do município, com indagações, para que se saiba que providências administrativas foram tomadas pelas instituições, uma vez que a polícia civil já está tomando as que lhes cabem.
O Sindicato ainda não respondeu ao ofício, já a Câmara de Vereadores encaminhou o mesmo para discussão na Mesa Diretora e os colegas, pares do edil suspeito, já se pronunciaram a favor do afastamento do mesmo das funções na Instituição, até que se elucide sua participação do desaparecimento de Beatriz, que tem mais de 30 dias de sumida.
Chapada News