Chegou o dia da grande decisão! Neste domingo, Fortaleza e Sport fazem o segundo jogo da final da Copa do Nordeste 2022. A bola rola às 18h30 (de Brasília) na Arena Castelão, em Fortaleza, em jogo com transmissão do SBT, do Nordeste FC e da ESPN.
As duas equipes chegam para este jogo de volta precisando vencer. Na partida de ida, na Arena de Pernambuco, Sport e Fortaleza ficaram no 1 a 1. Zé Welison abriu o placar para o Tricolor, mas Bill marcou para o Rubro-negro e deixou tudo igual.
Pela primeira vez em sua história, a competição entregará um troféu sustentável. Trata-se do prêmio que será entregue ao autor do Golaço do Campeonato, produzido em madeira nativa certificada pelo FSC pelos artesãos da Movelaria Anambé (Pará), em parceria com a BVRio. O troféu, feito em madeiras ipê e muiracatiara, foi idealizado pelo renomado designer Carlos Motta.
O Presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, destacou a importância de jogar luz sobre questões tão importantes como a sustentabilidade em palcos como o futebol.
“Queremos ampliar essa discussão. O futebol é um espaço de transformação social e tem enorme potencial para ser também um cenário de educação e sustentabilidade. O esporte e todas as regiões do Brasil só têm a ganhar com isso”, afirmou Ednaldo.
A ação faz parte de uma série de iniciativas do campeonato, que tem um braço social chamado Nordeste Cuida e já abraçou causas nobres como campanhas de combate à fome e contra a doença de Chagas. Além do troféu sustentável, as lonas usadas nos jogos também serão doadas para o Grupo de Interesse Ambiental – GIA e transformadas em mochilas, pochetes e capas de pufe, entre outros novos produtos.
Os troféus de madeira nativa certificada já existem, desde 2018, na Copa Verde, que reúne equipes do Centro-Oeste e do Norte, além do estado do Espírito Santo, e já tem um histórico de sustentabilidade.
“A ideia do troféu é disseminar para o grande público os valores do desenvolvimento sustentável. Acreditamos que o esporte, especialmente o futebol, é um grande interlocutor sobre o tema da educação para uma economia verde e, ser acolhido pela Copa do Nordeste, é uma honra para nós”, destacou Renato Castro Santos, Gerente de Design & Madeira Sustentável da BVRio.
Para Daniela Vilela, diretora executiva do FSC Brasil, esse tipo de iniciativa é importante para mostrar ao maior número de pessoas possível que cuidar da floresta, se preocupar com a sustentabilidade, não é algo difícil. “Todo mundo pode fazer a sua parte escolhendo de forma mais consciente aquilo que compra, por exemplo”, completou. “E, nesse caso, conhecimento é chave do negócio e usar o futebol para informar é um verdadeiro golaço”.
A história do troféu
A Coomflona, onde o troféu foi produzido, possui o selo FSC 100% comunitário para manejo florestal desde 2013 e comprova a importância dos pequenos produtores na conservação das florestas. A movelaria é um empreendimento comunitário administrado pela Cooperativa Mista da Floresta Nacional do Tapajós, no Pará.
Hoje, eles são parceiros da Iniciativa Design & Madeira Sustentável, desenvolvida pela BVRio, em parceira com o FSC e a própria cooperativa, que leva designers renomados até a comunidade, viabiliza workshops, troca conhecimentos e conecta os empreendedores da Amazônia ao mercado.
Atualmente, cerca de 200 pessoas trabalham na Coomflona, dentro do manejo florestal. Entre os avanços conquistados ao longo desses quase 10 anos, estão a diminuição do desmatamento, o aumento da renda e o acesso à educação.
Para a Copa do Nordeste, especialmente, a BVRio convidou o designer Carlos Motta, sob a marca Attom, para criação do primeiro troféu sustentável do campeonato.
As gravações dos logos foram feitas na fábrica da Tramontina em Belém, onde são produzidos móveis de madeira para áreas internas e externas e utilidades domésticas. A Tramontina possui certificação FSC de cadeia de custódia, o que possibilita a rastreabilidade de produtos de origem florestal e garante ao consumidor o uso de matéria-prima de florestas manejadas, segundo rigorosas normas e critérios que levam em consideração não apenas aspectos ambientais e econômicos, mas também sociais.