A partir de agosto, o Brasil terá sua própria “caneta” contra a obesidade. A farmacêutica EMS vai lançar dois medicamentos injetáveis com liraglutida, uma substância que age no cérebro ajudando a controlar o apetite e os níveis de açúcar no sangue. São eles: Olire, para obesidade, e Lirux, para diabetes tipo 2.
Esses remédios pertencem à classe dos chamados análogos de GLP-1, que vêm ganhando espaço no mundo todo por ajudarem pacientes a perder peso de forma mais eficaz e a controlar melhor a glicemia. A boa notícia é que essas novas versões serão produzidas no Brasil e devem ter preços até 20% mais baixos que os das marcas importadas.
Mas é importante entender: essas canetas não são uma solução mágica. Elas são uma ferramenta a mais dentro de um tratamento mais amplo, que envolve mudanças reais no estilo de vida. Isso inclui alimentação equilibrada, prática regular de atividade física e, muitas vezes, acompanhamento psicológico e nutricional.
Como as canetas funcionam?
A liraglutida age principalmente aumentando a sensação de saciedade e diminuindo a fome — o que pode ajudar quem tem dificuldade em manter uma alimentação saudável. Ela também ajuda a controlar os picos de insulina, o que é essencial para pessoas com diabetes tipo 2.
A previsão é que mais de 500 mil unidades cheguem às farmácias nos próximos 12 meses. Além disso, a EMS já anunciou que pretende lançar versões com semaglutida (substância usada no Ozempic e Wegovy) a partir de 2026, quando a patente expirar no Brasil.
O avanço é importante: com produção nacional e preços mais acessíveis, muita gente que antes não conseguia manter o tratamento poderá ter essa chance. Vale lembrar: o remédio ajuda — porém, quem muda a vida é você.