Uma fábrica clandestina de fogos de artifício foi interditada na manhã desta quarta-feira (14) em Santo Antônio de Jesus, no Recôncavo Baiano. O proprietário do local, Ariosvaldo Prazeres, foi preso em flagrante durante uma operação conjunta envolvendo cinco órgãos públicos.
A fábrica pertence à mesma família dona do antigo empreendimento que explodiu em 1998, na mesma cidade, resultando na morte de 64 pessoas, entre elas 20 crianças que trabalhavam na produção dos explosivos.
De acordo com o Ministério Público do Trabalho (MPT), a operação ocorreu após denúncias de fabricação irregular de fogos em imóveis adaptados, sem autorização do Exército e sem cumprimento das normas de segurança. O material apreendido será incinerado em uma pedreira da região.
A vistoria identificou diversas irregularidades, incluindo o descumprimento da Norma Regulamentadora 19, que trata da segurança no manuseio de explosivos. A operação também revelou que a família Prazeres Bastos utilizava um esquema para burlar a fiscalização e manter a produção ativa, mesmo após uma liminar judicial de agosto de 2024 que proibia a fabricação, transporte, armazenamento e venda de fogos por Gilson Froes Prazeres Bastos, seus sócios e empresas — sob pena de multa de R$ 200 mil por item descumprido.
O MPT informou que continuará investigando o caso para identificar outros envolvidos no esquema.