A avaliação negativa é resultado do impacto das tarifas impostas pelo governo do presidente dos EUA, Donald Trump
O FMI (Fundo Monetário Internacional) reduziu a projeção de prolongamento global de 3,3% para 2,8% em 2025. O oferecido é do relatório World Economic Outlook (Perspectiva Econômica Mundial na tradução livre), divulgado nesta 3ª feira (22.abr.2025).
De concórdia com a organização internacional, as incertezas provocadas pelas tarifas impostas pelo governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), em 2 de abril resultaram na avaliação negativa. Segundo o diretor do Departamento de Estudos do FMI, Pierre-Olivier Gourinchas, as tarifas são “um choque negativo de oferta para a economia”.
“[As] tarifas são um choque negativo de oferta para a economia que as impõe, já que os recursos são realocados para a produção de bens não competitivos, resultando em perda de produtividade agregada, menor atividade econômica, custos de produção mais altos e aumento dos preços”, disse o diretor. No entanto, o relatório não considera a pausa de 90 dias das tarifas anunciada por Trump em 9 de abril.
“Essa pausa, mesmo que estendida indefinidamente, não altera significativamente o cenário global em conferência com a projeção de referência. Isso ocorre porque a taxa universal de tarifas efetivas entre Estados Unidos e China continua elevada, mesmo com alguns países inicialmente muito tarifados agora sendo beneficiados, enquanto a incerteza política induzida não diminuiu”, afirmou o FMI no relatório.
Para o ano de 2026, o relatório projeta um prolongamento de 3% na economia mundial, o que representa uma previsão aquém dos 3,3% para os 2 anos divulgada no relatório de janeiro.
No relatório desta 3ª feira (22.abr), o FMI retirou 0,9% do PIB (Resultado Interno Bruto) dos EUA e projetou uma expansão de exclusivamente 1,8% neste ano. De concórdia com o documento, as tarifas devem continuar impactando no desempenho da China, que deve ter um prolongamento de 1,7% em 2025. A estimativa está aquém da projeção de 2,1% divulgada no relatório anterior.