O Senado aprovou, nesta terça-feira (8), a indicação do economista Gabriel Galípolo para presidir o Banco Central do Brasil no período de 2025 a 2028. A votação, realizada de forma secreta, resultou em 66 votos a favor e 5 contrários. Ele deve assumir o cargo em 1º de janeiro. As informações são do G1.
Gabriel Muricca Galípolo, atual diretor de Política Monetária do BC, foi indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para suceder Roberto Campos Neto, cujo mandato se encerra em 31 de dezembro. A partir de 2025, Galípolo terá um mandato de quatro anos à frente da autarquia.
Antes de sua aprovação, Galípolo foi submetido a uma sabatina de quatro horas na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). O colegiado aprovou sua indicação por unanimidade, com 26 votos a favor e nenhum contra.
Durante a sabatina, o economista iniciou suas declarações garantindo aos senadores que o presidente Lula lhe assegurou “liberdade na tomada de decisões” como presidente da autoridade monetária.
Galípolo afirmou aos senadores que o presidente Lula foi “enfático” em garantir sua autonomia na direção do Banco Central durante todas as reuniões que tiveram.
“Toda vez que me foi concedida a oportunidade de encontrar o presidente Lula, escutei de forma enfática e clara a garantia da liberdade na tomada de decisões e que o desempenho da função deve ser orientado exclusivamente pelo compromisso com o povo brasileiro. Cada ação e decisão deve unicamente ao interesse do bem-estar de cada brasileiro”, disse.
Durante a sabatina, Galípolo também foi questionado sobre a possibilidade de interferência do presidente Lula em suas decisões, como as relacionadas à taxa básica de juros, durante seu mandato como diretor do BC.
Galípolo negou qualquer tipo de intervenção do presidente. “A verdade é que nunca sofri nenhuma pressão. Seria muito leviano da minha parte dizer que o presidente Lula fez qualquer tipo de pressão sobre qualquer tipo de decisão”, afirmou.