Os servidores públicos de saúde da Bahia voltaram a protestar sobre o reajuste proposto pelo governo do estado de 4% à categoria. Na última quarta-feira (15), os profissionais também se reuniram em frente as unidades de saúde para solicitar um acordo de pelo menos 10%, já que segundo os profissionais, há cerca de sete anos não há reajuste salarial.
O Acorda Cidade acompanhou o ato na manhã desta segunda-feira (20) de enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas e outros profissionais em frente ao Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA).
Dart Clair Cerqueira, diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Estado da Bahia (SindSaúde), contou que servidores de vários municípios aderiram aos protestos para recusar a proposta do governo em pagar o reajuste referente à 4%, sem retroativos.
“A gente está no momento de greve, lutando para que o governador tenha a sensibilidade de oferecer um reajuste digno para todos os servidores do estado da Bahia. Inclusive, não só os servidores da saúde que estão em paralisação, mas os da educação e de outros segmentos também estão nesta mesma luta. Foi encaminhado um projeto de reajuste salarial para ser votado pelos deputados de 4% dividido em duas vezes e sem retroativo, nossa data base é de janeiro. Então, diante disso não iremos aceitar essa proposta, ela é inadmissível, ela não traz nenhuma valorização aos servidores e nós estamos buscando uma mesa de negociação para que a gente possa encaminhar algo que realmente traga a valorização dos servidores”, disse.
Em toda a Bahia, cerca de 6 mil servidores estão paralisados, incluindo a área de educação e outros segmentos. Ainda conforme a diretora, caso não haja um acordo entre a categoria e o governo, a categoria pode aderir à greve.
“Temos na quarta-feira uma reunião com o governo e vamos encaminhar a proposta para ver se chegamos a um acordo que atenda o que nós estamos pedindo. A nossa proposta é de 10% de reajuste com retroativo com a nossa data base que é janeiro. Estamos hoje no estado da Bahia com mais de 54% de perdas salariais. Então, 4% dividido por duas vezes é inaceitável e vamos continuar nessa luta. Esse percentual não traz valorização, não traz comida aos servidores e não vamos aceitar. Se não tiver acordo, vamos iniciar uma greve”, concluiu.